Mãe da Esperança
(Foto: Getty Images)
A conheci em um evento promovido pelo Movimento Nacional da População em Situação de Rua(MNPR). Na cena principal, pessoas em vulnerabilidade social depondo livre e autonomamente sobre suas queixas e situações conflitantes em relação a serviços públicos em todas as áreas.
Sua fala inicial tocou meu coração e comoveu a toda pessoa presente que tem o mínimo de respeito para com o seu semelhante. Na sua pouca idade e no seu jeito simples de ser, essa pequena grande mulher revela seu perfeito e lúcido anseio de buscar o que é justo, de lutar pelo que lhe retiram: o direito de ser mãe; de forma integral e com a naturalidade que uma mulher e mãe sonha viver.
Sacaram-lhe o que é mais precioso. A obra mais bem feita que Deus concedeu ou que a natureza propiciou.
Não havendo sucesso na empreitada e não conseguindo reverter decisão judicial de afastamento de sua criança, busca forças na coletividade para continuar a luta por outras mães, outras causas, outras mulheres.
E a radiante mulher de sorriso fácil e fala fluente vai lapidando sua trajetória de lutas entre tropeços e conquistas, entre abrigamentos e convívios familiares, entre viagens e retornos. Mas um detalhe não lhe falta: a busca. Tanto é que vai ao encontro da Economia Solidária, ajudada por uma rede de pessoas em formação, a partir do Cefuria. Vai ao MNPR buscar formação para a luta social e a defesa de direitos. Vai ao CEBEJA Paulo Freire encontrar complementariedade da sua formação escolar e, talvez, complementar com a sua trajetória de vida, a formação de seus colegas. Vai buscar respostas a seus traumas no Centro de Atenção Psicossocial.
Enfim, se a tragédia marca sua vida, a superação marca a sua e as nossas histórias e convívio com essa lutadora. Se a assistência social é a única porta, outras vão se construindo com a contribuição de suas pares, mulheres de histórias diferentes, mas que se entrelaçam numa trama de dor e amor que nenhuma enciclopédia daria conta de registrar.
E a radiante mulher de sorriso fácil e fala fluente vai lapidando sua trajetória de lutas entre tropeços e conquistas, entre abrigamentos e convívios familiares, entre viagens e retornos. Mas um detalhe não lhe falta: a busca. Tanto é que vai ao encontro da Economia Solidária, ajudada por uma rede de pessoas em formação, a partir do Cefuria. Vai ao MNPR buscar formação para a luta social e a defesa de direitos. Vai ao CEBEJA Paulo Freire encontrar complementariedade da sua formação escolar e, talvez, complementar com a sua trajetória de vida, a formação de seus colegas. Vai buscar respostas a seus traumas no Centro de Atenção Psicossocial.
Enfim, se a tragédia marca sua vida, a superação marca a sua e as nossas histórias e convívio com essa lutadora. Se a assistência social é a única porta, outras vão se construindo com a contribuição de suas pares, mulheres de histórias diferentes, mas que se entrelaçam numa trama de dor e amor que nenhuma enciclopédia daria conta de registrar.
O caminho é para as caminhantes. Sempre juntas, nunca sós.
LUIS ALVES PEQUENO - professor, educador popular, empreendedor na economia popular solidária. Curitiba/PR
*Reprodução do texto permitida, desde que citada a fonte
Que lindo, Luis!
ResponderExcluirGrato, por seu incentivo. Bjos.
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