10 anos de combate ao assédio moral nas relações de trabalho


Há 10 anos, na data de hoje, ocorria na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, uma iniciativa pioneira para os padrões da época e para o tratamento de tema invisível, até então. Trata-se do primeiro Tribunal Popular sobre Assédio Moral nas relações de trabalho. Tal evento, que durou 3 dias, concregou estudantes profissionais de vários calibres, dirigentes sindicais, autoridades, professores universitários, entre outras. Reeditada por mais 4 outros anos, tal iniciativa coletiva, bancada e coordenada por uma rede de sindicatos, profissionais diversos, educadores atingiu a milhares de pessoas, via evento físico, em praça pública, ambiente fechado ou através de rádio e tv. Uma semente minúscula de fomento à prevenção de um mal antigo mas com roupagem e nomenclatura nova: a perseguição, a humilhação perversa, repetida e prevista entre patrão e empregado.
Ao longo de uma década quanto já se avançou sobre a temática e o quanto há ainda a se conquistar. Hoje há leis municipais e estaduais que punem com rigor aos assediadores localizados no serviço público. Na iniciativa privada diversas Convenções Coletivas de Trabalho tratam do assunto e estipulam condutas, punições, prevenções e outras formas de encaminhamento para a temática. Quantas teses; monografias; TCC´s e livros exprimem as mais variadas concepções e enfoques sobre as graves consequências do assédio moral na vida das pessoas, dos trabalhadores, de suas famílias, etc.
Orgulho-me incessantemente de ter dado uma precária, modesta ajuda nesse processo de explicitação de uma problemática que não vai ser extirpada da face da terra. No entanto não deixará de ser combatida em cada mente e coração que não a aceitem e ferrenhamente a repudiem, prevenindo-se cotidianamente.

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