E o Hitler nos aproximou
Era noite fria. Curitiba, como sempre, no inverno reserva peculiaridades que só ali se vê. Estávamos numa noite de São Pedro, em 29 de junho. Joselene, a amiga e companheira de canto e violão na Paróquia da Vila Fanny me convidara para seu aniversário. Lá estava eu todo contente, apreciando as alegrias e as felicitações que todos os convidados traziam à mesa. Nilson e Cláudio comigo estavam, contribuindo para que a descontração fosse maior. Num desses momentos que a vida nos oferece com rara precisão e inenarrável "coincidência" uma moça serve-me um pedaço de bolo. Loira, bonita, cabelos semi-encaracolados, blazer azul, uma candura no olhar, colar de pedras rústicas, ela passaria desapercebida não fosse um detalhe: fumar. Ao sair para o pátio da casa, nos fundos, para alimentar seu vício, eis que me deparo também a conversar com ela. Atraídos pelo Hitler, cão de estimação da Joselene, conversa vai, conversa vem, descubro que é amiga de minha amiga, desde a infância e que aquele seria o primeiro de muitos outros momentos felizes de encontros e diálogos. A moça que ali se colocava seria a minha melhor amiga, a minha primeira e única namorada e a eterna e insubstituível dona de meu coração e da construção de duas lindas obras: nosso casal de filhos. Isso há 18 anos, direto do túnel do tempo. E completaremos 15 anos de casamento no fim deste ano em curso, fato este que transformou minha vida em algo que jamais havia projetado. Uma família, como todas as outras, com seus erros e acertos, com seus altos e baixos, mas, sobretudo, com a convicção de que o AMOR ESTRUTURANTE, o RESPEITO MÚTUO E RECÍPROCO e a FÉ alicerçam nossos passos, sempre.
Não há como negar a fortaleza que vem dos exemplos paternos e maternos de ambas famílias que nos originaram. A busca da perfeição, a ética e o trabalho árduo e edificante, os valores sólidos e a base moral foram e serão sempre a herança eterna que nos alimenta a mente e o coração e nos permite desvendar as maravilhas que a vida nos oferece e superar as suas adversidades cotidianamente.
Não seríamos nós o que somos não fossem nossos inseparáveis amigos e amigas. Não narrando o nome de nenhum@ del@s para não injustiçar alguém, nos ensinam todos os dias, presencialmente ou a distância, que somos eternamente "RESPONSÁVEIS POR AQUILO QUE CATIVAMOS". Meri Elisa, amor meu, todas as palavras dos dicionários, juntas e coesas, seriam insuficientes para expressar quem VOCÊ É e COMO VOCÊ é PARA A MINHA PESSOA. Feliz Aniversário, amiga-madrinha. Seu treinamento com arco e flecha foi mais eficiente do que imaginavas. A minha/nossa felicidade é culpa tua.
Comentários
Postar um comentário