“Lugar de mulher é na cozinha”

- Por, Rafaela Bez - 

“Lugar de mulher é na cozinha”. Bem, não é o caso da minha mamãe. Desde pequena, cresci aprendendo que o lugar da mulher é onde ela quiser. Mamãe me ensinou – além de dotes culinários que, diga-se de passagem, ela os têm com grandeza – que podemos ser muito mais do que seres humanos que vivem a própria vida, mas seres humanos que cuidam e lutam por todas as vidas, independentemente de quais, no lugar que for. Também aprendi que cuidar da vida não é apenas defende-la com argumentos, mas a proteger em qualquer instância, mesmo que isso necessite de sacrifícios particulares. Mamãe sempre foi daquelas que se metiam a gritar por aqueles e aquelas que precisavam de forças para aumentar suas vozes, por aqueles e aquelas que sonham que, algum dia, os tão ditos direitos básicos sejam, de fato, respeitados.
Minha mãe nunca sonhou apenas seus próprios sonhos. Mesmo que eles existissem, para ela, era injusto que seus sonhos fossem concretizados e os d@ outr@, não. O que aprendi com minha mãe, a Salete, é que de nada adianta estarmos aqui apenas com pensamentos e objetivos horizontes, mas devemos ter pensamentos panorâmicos, que preencham o todo.
Salete, minha mãe, sempre foi – e ainda é - daquelas que, além de mãezona; conselheira; pulso firme e amiga, esteve inteiramente disposta a sacrificar desejos pessoais para dedicar-se a sonhos coletivos. Isso, amigos e amigas, eu vivi durante 21 anos, não é um discurso bonito. Este é um relato sincero de alguém que convive diariamente com a Salete, alguém que vê todos os dias ela e outras diversas pessoas – pois ela não está sozinha – trabalhando por aquela famosa utopia de um mundo melhor, que parece inalcançável, mas não é.
Mãe, te admiro e te amo. Na minha vida, você é sempre vencedora pela sua “participação que faz acontecer”. Não importa o ambiente, continue exercendo sua característica principal: amar com intensidade a vida.

#13611​"

Comentários

Postagens mais visitadas